1. PREÇO DE MÃO DE OBRA OU PROJETO E PLANEJAMENTO.
Como empreiteiros e muitos arquitetos respondem sobre seus preços fechados e sobre o custo total das obras?
– No chute! As vezes mais calibrado, as vezes com muito desconhecimento. A resposta do preço fechado de um empreiteiro, quando vem da experiência de algo semelhante já realizado, vem melhor calibrada e o erro tende a ser pequeno.
Se este erro for de 10%?
Se acima o cliente gasta um pouco mais e o serviço tem condições de se concluir.
Se for a menos?
Será que o lucro do empreiteiro cobre isto, será que isto será colocado em
aberto, ou o serviço será prejudicado?
Em 10%, já se tem dúvidas, como seria com erros maiores?
Estimativas e custos calculados:
Muitos arquitetos e engenheiros para estimar o custo da obra tem a fórmula mágica: atribuir um
valor “R$/m²” e multiplicar pela área do projeto.
– Então está resolvido, já sabemos o custo futuro da obra, só que não!
A atribuição do “R$/m²” é feito também na estimativa, neste caso com um agravante.
O profissional na maioria dos casos não conhece o valor final da obra semelhante e mesmo que conhecesse, nenhuma obra é igual; a época, a conjuntura, a edificação e o terreno são outros.
Então esta estimativa do valor final da obra, desta forma, é apenas uma ordem de grandeza e
muitas vezes bem distante do que se consolidará na futura obra.
Tomada de decisão:
Como empreendedor pode definir sua intenção de iniciar a obra, ou como o usuário final pode decidir sob sua obra nova ou reforma? Usando técnicas!
O Planejamento orçamentário deve ser parte integrante do projeto de arquitetura. O planejamento orçamentário é a técnica de destrinchar o projeto em itens de eventos a serem realizados. O planejamento orçamentário não é mais do uma folha de papel de estimativa de custo, e sim deve ser uma planilha de várias folhas.
Para o planejamento orçamentário ter sua eficácia, os itens serão divididos pelos itens técnicos da obra e subdivididos por suas etapas e ainda sub divididos por todos os eventos necessários para aquela etapa.
O profissional precisa listar com competência, de forma completa todos os itens da obra, para isto, o profissional precisará ter vivência de obra, saber como a obra se resolve e com quais materiais e técnicas serão necessários.
Com a lista pronta, o projeto de arquitetura dará as informações de quantificações, de áreas e outras informações, para poder multiplicar aos custos unitários e assim conseguir uma programação dos custos da obra.
É necessário um projeto de arquitetura claro e bem apresentado, e ao profissional é necessário o conhecimento para saber retirar deste projeto as informações necessárias para quantificação. Para os custos unitários, temos que falar em três itens: Materiais, Mão de obra e serviços, este último significa contratações que embutem em si materiais e mão de obra.
Materiais: estes estão no mercado, é só saber consultar e comparar os preços.
Serviços: também estão no mercado.
Mão de obra: este item é o mais difícil: primeiro porque a própria mão de obra acostumada em estimar o valor total e não calcular; tem dificuldade de passar seu valor por itens e eventos de obra.
Para este item a técnica é mais aprimorada e requer ao profissional experiência de obra e saber conversar com a mão de obra. Algumas etapas e eventos de obra, temos no mercado valores médios de R$/m2, outros serviços é preciso se estimar o tempo que será despendido para se chegar ao valor unitário da mão de obra, novamente, é a experiência em obras que permite a estimativa do tempo do serviço. Com a programação dos custos concluída, o passo seguinte é a contratação da mão de obra e
dos serviços.
Empreitas total e parciais:
A programação de custo está ligada fortemente ao controle e à forma de contratação da MO. É melhor a empreita total com a subdivisão em empreitas parciais, para propiciar a análise da proposta de preço da MO e para propiciar o controle na execução da obra.
Quando fazemos o planejamento orçamentário por etapas, temos o controle nos momentos de pagamentos, sabemos exatamente o valor a pagar de cada etapa. Evitando assim, problemas de obras inacabadas ou com improvisações, e possibilitando o controle financeiro da obra. Na programação, a soma das empreitas parciais, se transforma em valor total, porem já com a forma de pagamento definida.
A visão do fluxo financeiro da obra é propiciada pela programação e pode ser administrado
conforme o andamento das etapas e eventos de obra. Caso se detecte alguma distorção na programação de um evento, sabemos rapidamente onde isto ocorreu, e a revisão pode ser feita neste item ou etapa específica. Reprogramando de forma ágil o total da programação orçamentária.
O planejamento como ferramenta de gestão de obra.
O planejamento orçamentário é dinâmico e ferramenta de gestão da obra. Gosto da seguinte frase: só conseguimos reprogramar algo que já foi programado.
O profissional que tem a programação e controle de obra como prática, consegue ser mais assertivo e transparente com o cliente. O cliente fica seguro e tranquilo acompanhando o andamento da obra e seu gastos. O exercício de planejamento, aprimora a técnica de previsão dos custos e como consequência cada vez mais precisão na montagem da programação orçamentária.
Com esta prática e conhecimento, o profissional consegue assessorar o cliente no momento das decisões de projeto, muitas vezes o cliente precisa do conhecimento de custos de obra, para estas decisões, ainda no projeto.
E durante a obra o profissional consegue assessorar o cliente:
– Na contratação dos diversos tipos de mão de obra e serviço.
– Na escolha e comparação, com base em custo e qualidade.
Espero ter sido útil a você e a seus projetos. Se tiver interesse ou precisar de informações sobre outros itens, fique atento pois novos posts serão colocados no ar. Ou se preferir, aguardamos seu contato.
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